quarta-feira, 8 de julho de 2015

carnaval tem seus direitos.

As duas desciam as escadas pra ganhar a rua, ele olhou para os pés e viu pela primeira vez o quanto estavam sujos. A casa descansava em silêncio, precisava de um banho!

Enquanto recolhia as coisas ao seu devido lugar, pensou no tempo que uma história demora pra se formar, depois lembrou das festas que ainda estavam fresquinhas e da zoada toda que tinham feito juntos. Haviam tomado a rua. Tinham feito seu carnaval de água, trampo e cachaça. Por trás dos olhos cansados, um pedacinho de saudade caiu sem pedir. Logo outro, outro e mais um e mais um e mais um. Foi abrindo a corrente e aportou no quartinho, chorando e sorrindo. Cantarolando um samba sobre maracujá.

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