terça-feira, 19 de outubro de 2010

Hoje um xará me aconselhou a publicar um escrito lido numa cantina... Eu disse que não... mas bem, tenho em mãos este espaço criado por mim, e posso muito bem fazer dele um espaço pra dizer coisas desimportantes. Então tiro o pé da forca e passo a escrever novamente nesse local, agora pretendendo mais frequencia e menos euforia.

Abaixo o texto que meu xará leu e indicou publicar:

Quando meu filho um filho ter
Com a lida do tempo vou pelear
Nos olhos dele quero ver
O lago dos meus brilhar

E se de mim o menino rir
Do meu jeito de mal falar
Dos buracos do meu sentir
Dos passos que eu não sei dar

Com ele quero sentar
Mostrar por onde pisei
Falar do amor que eu não sei
Mas que mesmo assim posso dar

Cantar cantiga esquecida
Que fala um pouco da lida
Da minha vida sofrida
Pra ele estudo ganhar

Aí eu pego sua mão
E digo bem devagar
"filho tens tempo,
Que o meu o mundo levou
Faz da vida tua folia, canta e espaia a alegria que em teu pai sempre morou. Eu sei que não sei chorar, mas prende no meu olhar os teus por um tempo e vê. Teu pai nunca viu o mar, Não sabe pra onde o trem vai, de avião nunca voou. Mas da varanda de casa viu a noite todo dia, com as mesma estrela que tu via da cidade que tu mudou. E com essas mão hoje doída, foi na lavoura da vida que teu sonho junto sonhou. Te amo eu não sei dizer, um abraço eu posso tentar, mas lembra que o velho aqui por ti sempre vai rezar. Fica em paz meu menino, faz teu caminho no mundo. Me leva nas tua cantiga no teu olhar mais profundo".

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