terça-feira, 30 de novembro de 2010

sobre a primeira maria

Maria Pequena vivia de andar na lua. Não havia um só morador do sopé que não conhecia seu jeito aviãozinho de ser. Quando dava na telha voava. Podia até parecer presente, escutando a avó falar do bordado, mas não. Maria Pequena voava... Não controlava sua falta de estar ali, quando dava por si já não era mais possível voltar atrás. As vezes se doía por deixar a avó falando para as linhas, mas viajar sozinha era tão bom que a dor desatinava assim que o General do primeiro batalhão do exército da Córsia vinha lhe pedir ajuda na Segunda Guerra dos Albinos Pregoeiros. Ela aconselhava, mas não se envolvia na disputa. Ser Embaixadora da Terra dos Devaneios não era fácil, mas lhe apetecia o cargo. Ela mesma o havia criado na ocasião da primeira batalha. Maria Pequena voava...

5 comentários:

  1. Bem faz Maria Pequena

    vôa longe nas costas dos próprios devaneios

    assistindo, vez ou outra, as disputas rasteiras de camarote

    pensando tenho sorte de não ser daqui

    ResponderExcluir
  2. É bom ser Maria Pequena de vez em quando :)
    obrigada pela visita, vi apenas ontem. Abraço

    ResponderExcluir