quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ao poeta descalço:

Era tarde já. O outrora brigava com o céu pra parecer aurora, de nada adiantava, cores diferentes, mais cinzas que laranjas. Era tarde já. Um calçado de cadarços estragados cruzou o cimento duro em direção a ponta de mato que abrilhantava o jardim de pedrinhas. Ali descalçou-se, virou pé, pisou grama, disfarçou-se de minhoca e sorriu com o mindinho, depois com o dedão, depois outros dedos. Era tarde já, mas algo havia acontecido, noite clara e borboletas anunciando asas a quem dormia: um poeta descalço havia sido plantado.


onde o poeta descalço mora

o som que o poeta descalço faz

3 comentários:

  1. ahhh
    vc escreve muito bem, escreve com o coração na ponta da caneta... do lápis... do teclado... coisa assim ^^ parabéns menino :D

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  2. me lembrou o Marcelo, não sei porque osiasopiaps

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  3. poeta de brincadeira...
    assim que é, zé!
    teus versos tão mesmo um brinquedinho doce de se degustar.

    muitíssimo lisonjeado.

    um abraço de saudade!

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