quinta-feira, 25 de novembro de 2010

orgasmo

Apertei seus cabelos com a força que meu corpo tinha, deixei-me levar. Seresta em mim. Ela sabia como me dominar. Sabia do íntimo que em mim calava. Só ela o acordava. Eu desentendia de tudo. Minhas certezas escapavam. Deslizavam na leveza em fúria que seu corpo produzia sobre o meu. Difícil, eu não me persuadia. Ela edifício andares me fazia subir, pouco a pouco domava minhas fantasias. Até conseguir o que queria, até me ter em suas mãos. Lembro de sua voz suave aos meus ouvidos: "Pula. Se me queres, pula!". Lembro de suas unhas traçando estrada em minha pele, dizendo fúria. Lembro da queda, amaciada por seu corpo nu e da espera do dia, que nos fazia deixar de ser um só, que nos fazia duvidar do que a noite havia escrito na pele. Sonhávamos o resto da manha, aguardando a chegada da próxima lua.

2 comentários:

  1. Gostei dos seus textos. Leve poesia e suave prosa que enlevam e faz sonhar! Um abraço.

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  2. Muito bom... virei um leitor deste blog também!

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